Julia de Medeiros Braga
Professora Associada da Faculdade de
Economia da Universidade Federal
Fluminense
Ricardo Summa
Professor Adjunto do Instituto de
Economia da Universidade Federal do
Rio de Janeiro
Estimating a disaggregated cost-push inflation model for the Brazilian economy
Abstract
In this paper, we model
the Brazilian disaggregated inflation dynamics from the standpoint of
cost-push inflation, taking into account the existence of
interdependence in the production chains. We estimate this disaggregated
inflation model in its reduced form, using ARMAX and GARCH models. We
found the following results: (a) it is difficult to associate demand
shocks with inflation; (b) the exchange rate and imported inflation in
US dollars together affect all items of disaggregated inflation —
directly in the case of tradable goods and indirectly, through costs, in
the case of non-tradable goods, including services; (c) the financial
cost is significant in the explanation of the industrial goods
inflation; (d) the exogenous relation between foods inflation and the
demand indicator, according to retail sales, is contrary to the expected
one, in the sense that higher (lower) inflation in food and beverages
explains a fall (an increase) in retail sales; and (e) inflation inertia
in services appears to be larger than in the other sectors. This last
result can be interpreted by the fact that the service sector is
basically non-tradable, showing low productivity growth and wages that
are more closely related to the minimum wage, which had a strong
institutional-political component and was adjusted above overall
inflation in recent years.
Estimación de un modelo desagregado de inflación de costos para el Brasil
Resumen
En este artículo, se trata de modelar la dinámica de la inflación brasileña
desagregada desde la perspectiva de la inflación de costos, teniendo en cuenta
la existencia de una interdependencia en las cadenas de suministro. Las formas
reducidas de ecuaciones teóricas se calculan a través de los modelos ARMAX y
GARCH. Los
resultados muestran que: (a) es difícil asociar las presiones de la demanda con
la inflación; (B)
el tipo de cambio y la inflación importada en dólares, en conjunto, afectan a
todos los elementos de la inflación desagregados - directamente, en el caso de
productos comercializables, e indirectamente, a través de los costos de los
bienes no comerciables, incluidos los servicios; (C)
el costo financiero es importante en la explicación de la inflación en los
países industrializados; (D)
la relación de exogeneidad entre la inflación de alimentos y el indicador de la
demanda, de acuerdo con las ventas al por menor, es contraria a la esperada, en
el sentido de que un aumento (disminución) de la inflación de alimentos explica
una disminución (aumento) de ventas al
por menor; y
(e) la inercia de la inflación de los servicios parece ser mayor que los otras.
Este
último resultado es interpretado por el hecho de que el sector de servicios es
básicamente no transable, con un crecimiento de la productividad más baja y con
los salarios más vinculados al mínimo, que sufrió un ajuste por encima de la
inflación, debido a la política económica adoptada en el período reciente.
Estimação de um modelo desagregado de inflação de custo para o Brasil
Resumo
No presente artigo, busca-se modelar a dinâmica da inflação brasileira desagregada sob a ótica da inflação de custos, levando em conta a existência de uma interdependência nas cadeias produtivas. Formas reduzidas das equações teóricas são estimadas através dos modelos ARMAX e GARCH. Os resultados encontrados mostram que: (a) é difícil associar as pressões de demanda com a inflação; (b) a taxa de câmbio e a inflação importada em dólares, em conjunto, afetam todos os itens desagregados da inflação — diretamente, no caso de produtos comercializáveis, e indiretamente, via custos, dos bens não comercializáveis, inclusive serviços; (c) o custo financeiro é significativo na explicação da inflação dos industrializados; (d) a relação de exogeneidade entre a inflação de alimentos e o indicador de demanda, segundo vendas no varejo, é contrária ao esperado, no sentido de que um aumento (queda) na inflação de alimentos é que explica uma queda (aumento) nas vendas do varejo; e (e) a inércia da inflação de serviços parece ser maior que as demais. Este último resultado é interpretado pelo fato de o setor serviços ser basicamente não comercializável, com crescimento da produtividade mais baixo e com os salários mais vinculados ao mínimo, que sofreu reajuste acima da inflação, em razão da política econômica adotada no período recente.
Texto competo en Ensaios FEE aca
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